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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Naquele dia houve a atitude certa...

Um dia ouvi uma hitória que passei a adimirar, que dizia que no inferno não há grilhões, muros ou capetas; simplesmente uma mesa infinita com todos os majares que este mundo pode oferecer e uma infinidades de pessoas gemendo e gritando de fome uma fome etena em um sofrimento profundo por contemplar a comida e não poder comer, por não terem cotovelos forçam seus talheres em direção a boca e não conseguem comer. Sendo que uma ao lado da outra o dia em que derem-se conta de oferecer a comida ao próximo o inferno acaba!


Já vi tantos condenados em vida, que lançam sobre si tal culpa e juízo, que o olhar para o mundo em volta é sempre inquisitor (sempre usando a sua auto medida como parâmetro para o juízo). Na morte manifestaram apenas a conturbação que criaram em vida...

Feche a boca e abra bem os olhos..., pois não se enche um copo que já está cheio!

Liberdade, é não ter a obrigação de fazer aquilo que todos esperam (e cobram) que faça. (FP 2:5-11)

O inferno só é inferno porque é construido pelas pessoas que lá habitam...

Obs.: (Esta foto trouxe a fama mundial a Kevin Carter , fotógrafo sul-africano, concedendo-lhe o prémio Pullitzer de 1994 para melhor fotografia.
Esta foto levou Kevin Carter ao suicídio .
Carter tirou a fotografia no Sudão, quando lá foi fotografar a imensa tragédia da fome causada pela guerra civil.
Nas planícies desérticas Carter deparou-se com uma menina, que rastejava em direcção a um distante posto de alimentação, enquanto era observada por um abutre.


Kevin tirou a foto genial, enxotou o abutre e partiu junto com outros jornalistas em busca de outras fotos.
Não se sabe o que aconteceu à menina, abandonada à sua sorte, mas julgando pela sua condição e sabendo que milhares morreram à fome no Sudão naquela altura, não é difícil imaginar o seu destino...


O posterior peso na consciência, aumentado pela popularidade trazida pela imagem e pela curiosidade mundial em saber o "porquê" da escolha de ser observador e não salvador, provou ser pesado demais para Kevin Carter .
Se puderem vejam o documentário The Death of Kevin Carter - Casualty of the Bang Bang Club .)



Leandro Ribeiro

O tiro

Nunca matei um elefante...

Nunca estive frente a frente com um leão...

A manutenção da vida depende da morte de algo ou de alguém todos os dias.

Minhas mãos já estão sujas de pólvora.

Poderia ser qualquer estrela..., mas eu fui apontar para a mais distante e improvável para chamar de minha. Muito antes de existir, ela já estava lá, continuará pós minha existência; e à vista de todos; um bem dos céus e da noite enquanto a alma de sua luminescência durar.

Se eu pudesse ser mais rápido que o tiro do destino, seguraria seu projétil com as mãos e controlaria sua direção, sendo que tais estavam comprometidas segurando a arma...

Armas dão coragem...

Contam que quando o homem decidiu construir a torre de Babel, ele media a altura suficiente para atingir o céu lançando uma flecha para o alto...

...e ainda me pergunto quem atirou?!...

Às vezes o melhor dos sentimentos atinge a pior das criaturas, e vice-versa...

Talvez o meu mal seja que eu nunca gostei de armas, nunca gostei de jogos e nunca perguntei: - O que é meu?!...

Leandro Ribeiro