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segunda-feira, 21 de março de 2011

Elephant Gun - Beirut

Tradução de uma música que gosto:


Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade

Eu enterraria meus sonhos debaixo da terra

Assim como eu, nós bebemos pra morrer, e nós bebemos esta noite


Longe de casa, com armas de caça

Vamos abatê-los um por um

Nós vamos derrubá-lo, ele não foi encontrado, não está por aí


Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado

Que comece a temporada - abatamos o grande rei


E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite

E ele rompe através da noite, a noite toda, a noite toda

E ele rompe através do silêncio, tudo o que resta é tudo o que eu escondi



* ELEPHANT GUN / ARMA DE CAÇA

Arma, geralmente rifle, de grosso calibre, utilizada originalmente por caçadores esportivos de animais perigosos de grande porte, como elefantes.



Comentário:

Está música me encanta ao juntar temas como: tempo, sonhos e amores de uma forma tão simples e poética.

No fato de que não é o lugar, a questão que a pessoa vive ou encontra-se que determina o tamanho ou poder dos sonhos, vontades e amores. Não deixe seu coração envelhecer antes do seu corpo!

Quem não pode?... Quem não deve?...


Lembrando a Parábola dos Talentos (Mateus, cap. 25, vv. 14 a 30) retrata a situação de um homem que, ao ausentar-se para longe, chamou seus servos, e entregou-lhes os seus bens. Ao primeiro deu cinco talentos, ao segundo, dois e ao terceiro, um. Os dois primeiros negociaram os talentos recebidos e devolveram, respectivamente, dez e quatro talentos. O terceiro devolveu apenas o que havia recebido. Os que multiplicaram seus talentos ganharam novas intendências. Mas o que o guardou, até este o amo lhe tirou, dizendo: "Porque a todo o que já tem dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem tirar-se-lhe-á até o que parece que tem".

Em resumo indico-lhe que se arrisque e invista em viver ainda que caindo e levantando a cada dia. Aos que não vivem, se preocupando no dia seguinte; estes enterram seus dias e já cometeram suicídio estando aparentemente vivos!

Alguém escreveu nos comentários referentes ao vídeo clip desta banda no You tube: “- A felicidade é um perigo, perigo de persegui-la e perigo de vive-la, um bom perigo que é irresistível.”

No fim todos se armam, e confiam em suas armas de preconceitos, medos e certezas, não para caçar e vencer impecílios, mas para se proteger e fugir, sempre; o máximo e o quanto for possível para manter tudo em seu devido lugar: “O certo no certo e errado no errado.”

Não condecore ou corôe seus medos e pavores lhes elegendo como reis.

Sempre devemos enfrentar o desconhecido armados de coragem para encararmos nós mesmos.

Entramos em alguns questionamentos:

Porque você não aproveita para começar a temporada de realizações?!?... Nunca é tarde!

Porque você não começa a lançar-se ao impossível?...

Vamos encarar e reconhecer nossos medos e inseguranças de frente.

Vamos reconhecer e lutar por nossos amores e sonhos...

Aproveite as temporadas de “caças” que surgem em sua vida antes que te reste apenas aquilo que escondeu como um tesouro desnecessário!

Você já perdeu muito tempo...

Leandro Ribeiro

domingo, 20 de março de 2011

O Grande Irmão que você não vê

O Grande Irmão reúne todos num mesmo convívio (casa, Templo ou crença) e os divide em grupos e os observa vinte quatro horas por dia, todo dia; medindo a todos através do senso comum (o voto do povo).

Será que: “O Homem é a medida de todas as coisas” ou “As coisas são a medida do Homem”?!?...

Como a divindade deve ser a medida de todas as coisas, o Grande Irmão parece ser o Deus da nova ordem, que gosta de pessoas ambiciosas capaz de tudo pela fama, dinheiro e sucesso, e assim como um deus legítimo ele chama a todos, mas escolhe a poucos (mulheres gostosas e homens musculosos), dando uma margem é claro para cota de negros e GLS (e o mais estranho é que os mesmo sempre se autonomeiam representantes do grupo ou grupos, aos quais os outros os classificam), sendo a estes dadas as impressões que nunca são escolhidos por acaso...

Como todo bom deus, ele também tem um confessionário, onde os participantes podem em “sigilo”, votarem em outro integrante que gostaria de mandar para o inferno, ou melhor, “paredão”, alegando se sentirem ameaçados, não terem muita “afinidade” pelo próximo ou terem apenas usado o “coração” para isso; e sair sorrindo para o mesmo.

Quem se importa com a amizade, amor ou solidariedade?!...

Adora evidenciar conflitos, mesquinharias, ressentimentos, intrigas, mentiras e fofocas..., a fim de criar caricaturas da verdade e chamá-las de realidade, e forçar todos a uma escolha, seja ela qual for; o importante para ele é manter as contradições e ambigüidades, assim como a audiência daqueles que se ocupam a segui-lo (sendo pelo Orkut ou twitter), e o devido retorno publicitário de seus investidores.

Está sempre disposto e executar uma “prova da comida”, podendo ser de surpresa uma prova resistência, seja ela física ou psicológica, que por um determinado tempo define a quem ele dará providencia, e quem merece viver com muito, e os que merecem viver só com necessário.

O nome “PROVA” vem a calhar, porque ficamos na dúvida se a palavra apresenta o sentido de Teste ou Exame, ou se “PROVA” tem o sentido de amostra alimentar, que visa consumir aos poucos dos sonhos e ambições alheias. Aos que vencerem o Grande Irmão lhes concederá: visibilidade, sucesso mercantil, êxito empresarial, ascensão social, inserção, reconhecimento e pertencimento.

Em questão de “provas”, ele às vezes ele também ministra a “prova do Líder”, que dá a alguém o direito a expor um dos integrantes ao “paredão”, que submete ao povo a oportunidade de opinar pela absolvição ou eliminação dos indivíduos eleitos (...o povo adora isso!, me lembrando um famoso paredão entre: Jesus x Barrabás), e conseqüentemente, a perca do direito ao “Grande Premio”.

O Grande Irmão não te vê como ser vivente, mas apenas um concorrente disposto às dinâmicas baseadas nas leis de mercado: simplificação, seleção e exclusão.

Sendo o Grande Irmão uma construção humana, a técnica acaba sendo a medida do homem e de todas as coisas, isto é, artificial ou não-natural a tecnologia tende a distanciar os humanos da realidade, promovendo entre a realidade e a virtualidade um antagonismo que aumenta e se intensifica com seu poderio e sofisticação cada vez maiores. Baseando-se em Jacques Ellul, filósofo francês, digo que: "- O mundo artificial é radicalmente diferente do mundo real [com] diferentes imperativos, diretrizes e leis [de tal sorte que] o mesmo inclina-se a destruí-lo, excluí-lo ou subordiná-lo". No ponto a que ao atingirmos, a tecnologia não só pode sobrepujar completamente inúmeros elementos do mundo real como ameaçar sua existência global. E a menos que o virtual restabeleça algum nexo com o real, parece provável que essa ameaça se concretizará.

Ao que parece é que a identidade de todos está na boca, e que por ela se vive e morre!



Leandro Ribeiro

segunda-feira, 7 de março de 2011

A leitura

...Um pouco antes da queda de Adão, em uma madrugada de outono, me encontrei com Deus no caminho para Damasco, embora tivessem em mente muitas perguntas já enumeradas por importância e interesse próprio; fiquei emudecido com tal fato inesperado.

Ele me olhou e disse:

- Veja este livro, é o livro de sua vida.

Quando olhei e comecei a desfolhá-lo, vi que existiam muitas páginas escritas que estavam rasuradas e com um carimbo de “anulado”. Então me falou:

- Não fui Eu que rasurei ou carimbei, e mesmo assim, ESTÁ ESCRITO.

Vi que antes mesmo de começar algo, eu já previamente desistia...

Quando experimento vira experiência, só se refaz algo que se começa...

Tempo depois soube que a maior criatura do planeta foi descoberta apenas em 1996: um fungo que cresce sob o solo da Floresta Nacional de Malheur, no Estado do Oregon, Estados Unidos. Esse Armillaria ostoyae, popularmente conhecido como “cogumelo do mel”, nasceu como uma partícula minúscula, impossível de ser vista a olho nu, e foi estendendo seus filamentos durante um período estimado de 2.400 anos. Da superfície, dá para ver apenas suas extremidades junto aos troncos das árvores, mas debaixo da terra ele ocupa 880 hectares – o equivalente a 1.220 campos de futebol. Ele ainda cresce de 70 centímetros a 1,20 metros por ano.



...um simples fungo...



Apenas seguiu silenciosamente o curso óbvio dos seus dias, adaptando-se e sobrevivendo conforme possível com a Graça de Quem lhes criou.

Algumas coisas são porque são. Sem alternativas ou explicação (ou sem se explicarem), não pediram para serem; elas se entendem por si, assumindo-se e prosperando como tal na confiança da paz de sua verdade.

Uma Limoeiro naturalmente produz limão, e mesmo que quisesse não produziria laranjas!

Nunca desista de seus sonhos, e sempre preste atenção onde lança as suas sementes para não ter uma árvore enorme no meio de sua sala de estar...

Escreveremos a nossa página do dia de hoje, para que ao fechar de nosso livro, a nossa vida possa fazer algum sentido, principalmente para nós mesmos.

Leandro Ribeiro

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Naquele dia houve a atitude certa...

Um dia ouvi uma hitória que passei a adimirar, que dizia que no inferno não há grilhões, muros ou capetas; simplesmente uma mesa infinita com todos os majares que este mundo pode oferecer e uma infinidades de pessoas gemendo e gritando de fome uma fome etena em um sofrimento profundo por contemplar a comida e não poder comer, por não terem cotovelos forçam seus talheres em direção a boca e não conseguem comer. Sendo que uma ao lado da outra o dia em que derem-se conta de oferecer a comida ao próximo o inferno acaba!


Já vi tantos condenados em vida, que lançam sobre si tal culpa e juízo, que o olhar para o mundo em volta é sempre inquisitor (sempre usando a sua auto medida como parâmetro para o juízo). Na morte manifestaram apenas a conturbação que criaram em vida...

Feche a boca e abra bem os olhos..., pois não se enche um copo que já está cheio!

Liberdade, é não ter a obrigação de fazer aquilo que todos esperam (e cobram) que faça. (FP 2:5-11)

O inferno só é inferno porque é construido pelas pessoas que lá habitam...

Obs.: (Esta foto trouxe a fama mundial a Kevin Carter , fotógrafo sul-africano, concedendo-lhe o prémio Pullitzer de 1994 para melhor fotografia.
Esta foto levou Kevin Carter ao suicídio .
Carter tirou a fotografia no Sudão, quando lá foi fotografar a imensa tragédia da fome causada pela guerra civil.
Nas planícies desérticas Carter deparou-se com uma menina, que rastejava em direcção a um distante posto de alimentação, enquanto era observada por um abutre.


Kevin tirou a foto genial, enxotou o abutre e partiu junto com outros jornalistas em busca de outras fotos.
Não se sabe o que aconteceu à menina, abandonada à sua sorte, mas julgando pela sua condição e sabendo que milhares morreram à fome no Sudão naquela altura, não é difícil imaginar o seu destino...


O posterior peso na consciência, aumentado pela popularidade trazida pela imagem e pela curiosidade mundial em saber o "porquê" da escolha de ser observador e não salvador, provou ser pesado demais para Kevin Carter .
Se puderem vejam o documentário The Death of Kevin Carter - Casualty of the Bang Bang Club .)



Leandro Ribeiro

O tiro

Nunca matei um elefante...

Nunca estive frente a frente com um leão...

A manutenção da vida depende da morte de algo ou de alguém todos os dias.

Minhas mãos já estão sujas de pólvora.

Poderia ser qualquer estrela..., mas eu fui apontar para a mais distante e improvável para chamar de minha. Muito antes de existir, ela já estava lá, continuará pós minha existência; e à vista de todos; um bem dos céus e da noite enquanto a alma de sua luminescência durar.

Se eu pudesse ser mais rápido que o tiro do destino, seguraria seu projétil com as mãos e controlaria sua direção, sendo que tais estavam comprometidas segurando a arma...

Armas dão coragem...

Contam que quando o homem decidiu construir a torre de Babel, ele media a altura suficiente para atingir o céu lançando uma flecha para o alto...

...e ainda me pergunto quem atirou?!...

Às vezes o melhor dos sentimentos atinge a pior das criaturas, e vice-versa...

Talvez o meu mal seja que eu nunca gostei de armas, nunca gostei de jogos e nunca perguntei: - O que é meu?!...

Leandro Ribeiro