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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O tiro

Nunca matei um elefante...

Nunca estive frente a frente com um leão...

A manutenção da vida depende da morte de algo ou de alguém todos os dias.

Minhas mãos já estão sujas de pólvora.

Poderia ser qualquer estrela..., mas eu fui apontar para a mais distante e improvável para chamar de minha. Muito antes de existir, ela já estava lá, continuará pós minha existência; e à vista de todos; um bem dos céus e da noite enquanto a alma de sua luminescência durar.

Se eu pudesse ser mais rápido que o tiro do destino, seguraria seu projétil com as mãos e controlaria sua direção, sendo que tais estavam comprometidas segurando a arma...

Armas dão coragem...

Contam que quando o homem decidiu construir a torre de Babel, ele media a altura suficiente para atingir o céu lançando uma flecha para o alto...

...e ainda me pergunto quem atirou?!...

Às vezes o melhor dos sentimentos atinge a pior das criaturas, e vice-versa...

Talvez o meu mal seja que eu nunca gostei de armas, nunca gostei de jogos e nunca perguntei: - O que é meu?!...

Leandro Ribeiro

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