...E quando a causa não surte efeito?...e quando o efeito é sem causa?..., e no caso (que até pode ser chamado de acaso) de Jó?!
Confiamos tanto que o fazer algo produza algum resultado, que quando não há o que temos é uma forte crise existencial que na maioria das vezes produz a anulação do ser; daí surge os grandes abismos emocionais.
...Bendita seja a religião, que cumpre um papel primoroso aos que confiam na “causa” e esperam o “efeito”, assim a fim de justificarem tal relação, passam toda a responsabilidade do curso da vida para “Deus” ou o líder da comunidade. Deste modo alguns pegam um banquinho sentam e esperam que a vontade de Deus e a sua divina revelação caiam sobre si. Para muitos é difícil consentir que Deus não é uma simples lei ou ordem, e que Ele imprime com o poder da onisciência a sua vontade sem coagir o homem.
Coisas como a fidelidade cega a uma ideologia ou ente, motivada pelo medo da vida e suas conseqüências são habitualmente confundidas como fé, a complexidade de existir com propriedade resultam em circunstancias como a de Jonas, Davi e outros que por serem: corajosos, livres e sinceros alcançaram o amor, o cuidado e o princípio do entendimento de quem é Deus.
O mais importante de optar por existir como individuo, que como na parábola do semeador que se apresenta como um inexperiente; um inconseqüente que não fazia idéia de qual terra era a boa, ou talvez apenas um homem sem medo de testar a terra, a semente, o caminho ou melhor: Ele não tinha medo de passar fome!
Tenha sempre na vida a liberdade de semear aonde quiser. Nem toda semente que é lançada ao chão pela “causa”, surte no “efeito” de germinar.
...É difícil confiar em Deus?...
Deixe de ser um sujeito de uma oração sugestionada e passe a ser um personagem da sua existência relacional com Deus.
Leandro Ribeiro
