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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Breve estado de Vida

A vida é tão frágil, tão breve e se manifesta de forma tão poética e bela que não suportamos encarar tanta simplicidade; não nos oferece respostas só mais perguntas; tão sinceras e diretas que só conseguimos responde-las no final de tudo; com o segredo.


...Quantas tentamos impedir, tantas matamos e quantas outras nascem sem o nosso sutil controle?...

A vida não desiste, mas também não comete excessos.

Assim como a de uma planta que nasce sem permissão em uma rachadura de prédio.

Quanto tempo ela sobreviverá?!...

ou os pássaros que fazem ninhos em buracos de telhas,

Será que esses ovos não cairão?!...

- Vida; aonde dá, aparece!...e o mais importante que ela segue sem respeito, e até mesmo sem condições.

A vida gosta de se vestir das cores verde e azul, e oferece um banque onde o prato principal é você; a mesa senta-se: o Tempo, a Morte e a História.

A vida prepara a refeição,

O Tempo põe a mesa,

A Morte lentamente alimenta-se do prato,

e a História decide se limpa a mesa ou não.

Diante de tantas imprecisões e tantas manifestações improváveis, qual seria o assombro da morte?

As árvores frondosas e centenárias que não se movem diante do fogo, mas balançam ao abraçar o vento. A vida é um descompromisso que poucos conseguem entender ao longo de seu curso.

A vida é inevitavelmente para alguns: uma pena, e para outros um presente; conforme a coragem de possuí-la.

O grande problema é que a vida não tem mistério, nem grandes revelações a fazer. Ela termina de onde sempre começa: fazendo barulho ou sigilo que gera impressões eternas e grandes possibilidades em breves momentos.

...É tão intenso o cheiro de vida pela manhã, que pensamos a quantas noites a mais sobreviveremos?!

Por quanto tempo ela ainda se manifestará entre nós contra nossa vontade?

Não insulte um milagre que você não pediu. Seja intenso, você não será eterno.

...Acredito que a vida deixe saudades.

Leandro Ribeiro

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