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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

“O cavaleiro das trevas” e suas claridades

Após ter visto o ultimo filme do Batman intitulado: “Batman – O cavaleiro das trevas”, algumas frases latejaram em minha mente e fico muito constrangido em dizer que estas do “Cavaleiro das Trevas” me passaram muito mais conteúdo do que muitos sermões sobre “Anjos de Luz”; muito bem escrito como uma visão na medida do possível, mais humana dos personagens e suas mazelas; ouvi uma frase do vilão Coringa que me coagiu dizendo:


“- Cada um manifesta a bondade que o Mundo permite.”

Existe uma verdade nesta frase intrigante causando uma auto-reflexão que inegavelmente nos mostra que ainda somos produto do meio, ou melhor, do Mundo e de seus espíritos.

O episódio que nos lembra Jesus, que manifestou a bondade e misericórdia para além dos estímulos e respostas deste “Mundo” que é a manifestação do verdadeiro Evangelho; e o nosso produto da bondade está sempre aliciado aos apontamentos de nosso pré-julgamento e pré-conceito.

Outro trecho do filme em uma cena inesperada e muito bem elaborada, referente à atitude de um presidiário em um momento limite levou-me a meditar no fato que: “Só os condenados são julgados, e apenas eles cogitam a justiça.” (em resumo: só quem se encontra doente busca a cura).

Concluindo as boas mensagens que consegui absorver; em um dos momentos finais ouvi a frase: “Só a verdade não é suficiente.” ( Jesus Cristo com seu caráter e evangelho são suficientes?!), ...É interessante como a Verdade só causa conforto e paz em mentes sadias, e para outras (grande maioria), Ela precisa ser: maquiada, vestir a roupa da moda, para só assim ser aceita. Porque Ela sozinha, de cara limpa e nua, causa perturbação e constrangimento, numa eterna disputa entre o real e o ideal. “Infelizmente” nem sempre a Verdade é o ideal diante das nossas doentias pretensões; assim nascem os vilões que antes de praticar qualquer maldade, violentam a própria alma virando Coringas de si mesmos.

Leandro Ribeiro

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