
...Heróis não recebem abraços ou medalhas, nem sempre são vencedores ou compreendidos, heróis sentem um impulso irracional de fazer algo para uma ou mais pessoas que nenhum egoísta faria, mas o normal é “se preservar”. Quase sempre o herói morre por que: não calcula, não mede e nem espera a “boa sorte”. Brota-se um amor a vida que vai além da própria existência...
Heróis não são entendidos porque não seguem as regras, mortos ou vivos recebem honras breves sob o fruto do constrangimento que causam, e são esquecidos...
O que é ausente sempre é desejado e nunca contestado...; ao que se possui, é estranha a conformidade em relação ao que se perde, e rapidamente se transfere o interesse para o “próximo” porvir. O desespero nasce em uma brincadeira da vida, que se assemelha a uma dança das cadeiras, onde o conforto de sentar-se a cada rodada, respirar um pouco e sentir-se um vencedor acalentam o ego; mas até quando sobreviverá baseado em seus instintos?!... Ficar girando em torno de objetivos que lhe propuseram como metas de vida, e preso ao que te ensinaram a pensar; dizem-te: - “É assim que você vai conseguir!...”
Mas você sabe que a ciranda foi feita para produzir eleitos; e um dia, mais tarde ou mais cedo ficará de pé, e não serás condecorado por isso... Acredite!
... Não seja absurdamente egoísta!... Quando verá a necessidade de tornar-se um herói de si mesmo?!... A vida não é um susto.
Leandro Ribeiro
(Homenagem ao "desconhecido" Sr. Jorge Joaquim de Melo de 38 anos de idade, morreu após tentar salvar a vida de dois homens em Caraúbas-RN)